O objetivo dessas ações é proporcionar um espaço de escuta ativa para entender as necessidades e desafios enfrentados pelas comunidades quilombolas. Além disso, serão apresentados programas importantes do Ministério da Cultura (MinC) e discutidas políticas públicas voltadas ao fortalecimento da cultura negra e tradicional. A participação do Comitê de Cultura é essencial para criar pontes entre as comunidades e as iniciativas governamentais, garantindo que as políticas culturais sejam inclusivas e realmente atendam às demandas locais.
Discutiremos políticas públicas que podem transformar realidades locais e garantir que recursos culturais sejam efetivamente descentralizados, chegando às regiões mais vulneráveis. A descentralização dos recursos do MinC é uma pauta urgente e necessária, pois assegura que o apoio cultural não se limite aos grandes centros, mas chegue a comunidades quilombolas e outras áreas historicamente excluídas.
Maria Aparecida da Silva Martins, representante da Associação de Pequenos Produtores Rurais de Furnas do Dionísio e Agente Territorial de Cultura, ressaltou que “estes momentos são fundamentais para garantir que as vozes das comunidades quilombolas sejam ouvidas e que as políticas culturais sejam efetivas, alinhadas às nossas realidades”.
Essas ações, coordenadas pela educadora social e coordenadora do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro de MS Romilda Pizani, têm um papel crucial no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade. “A cultura é uma poderosa ferramenta de resistência e transformação. Por meio dela, combatemos o racismo estrutural e promovemos a valorização das nossas raízes e identidades”.
“A retomada da valorização da cultura, nos faz acreditar e dar continuidade nos sonhos. Os programas culturais e editais apresentados para a sociedade traz com muita seriedade a importância da ampliação do acesso aos recursos públicos para ampliar a cultura, levando a possibilidade da realização de sonhos das pessoas moradoras em comunidades Quilombolas a verem a difusão da sua cultura, através de incentivo financeiros públicos, valorizando os mais diversos saberes e realizando sonhos coletivos. O Brasil é o país mais negro fora do continente africano, cuidar da nossa história é cuidar das nossas raízes, afirma Romilda.
O Comitê de Cultura de MS tem como missão promover a inclusão e a participação ativa das comunidades quilombolas, comunidades indígenas, população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e mulheres nas políticas culturais.
Essas visitas não são apenas momentos de discussão, mas sim passos concretos para a construção de um futuro onde as vozes dessas comunidades sejam protagonistas. O Comitê busca articular parcerias, fornecer informações sobre editais e programas de apoio, e garantir que a cultura negra tenha o reconhecimento e os recursos que merece.